Pode parecer drama. Ou talvez seja um grande drama. De pequeno mesmo só esse meu coração que se aperta a ponto de quase sumir do meu sentido. E sem sentido eu é quem estou. É que acontece assim quando o amor nos foge, nos deixa. E pareço-me com um qualquer abandonado dramático que chora cada lagrima como se fosse uma pequena parte de lembrança sobrada: e talvez seja. E chorar não é, de fato, o que me faz sofrer. Chorar é apenas uma maneira de colocar tudo para fora na esperança de que, com o sol do dia lá fora, elas sequem e leve consigo tudo isso que traça essa linha infinita em meu rosto antes de tocar ao chão. E que deixe apenas me escapar um sorriso, isso eu peço. Deixe-me apenas sorrir e não me importa se irei sorrir sozinho da minha própria piada: Deixe-me sorrir. E disso eu esperava que as lembranças fossem feitas: sorrisos. Ou senão, que elas me fizessem sorrir ao invés de me deixar assim, como se estivesse sentindo a maior fome do mundo. E eu só sinto vontade de me alimentar do que me falta agora: Amor. E não é drama. Não me veja como um dramático cabisbaixo. Ou até me veja. Mas não pense que por estar assim, de cabeça baixa, meus olhos não possam ver, não possam ir longe e enxergar, imagens de um cinema, como se fosse o filme que rodava e deixava a sala à meia-luz, e quando tudo era apenas sorriso uma pequena caixa, em tom de cinza claro, foi aberta e dela a felicidade surgiu em forma de elo, argola, aliança, pedido... Meus olhos ainda enxergam tão bem quanto a meia-luz dessa sala. E hoje tudo que tenho é um grande drama. Hoje sou o tão não-querido dramaturgo em pele, alma e coração partido. Hoje sou o tão amor que não espera. Amor que esta tão longe de ti que foge ao alcance de seus olhos. Amor que grita e diz: Não me queira tão longe dos teus braços quanto estou dos seus olhos. E esse amor não é drama, dramático: é amor verdadeiro. Amor que chora, que quebra. Esse é amor que morre.
Por: Diih Lohan
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