quinta-feira, 28 de junho de 2012

Um Dia Frio

Escrever hoje me pareceu tão necessário um tanto quanto preciso falar contigo diariamente. Não é fazer parte de uma rotina, muito menos ser um mero vício, é que sou tão dependente das suas palavras, da sua voz, é que sou tão dependente a ponto de não querer viver um segundo sequer sem ti.
Ruim mesmo é quando as palavras fogem ou por hora, entram em conflitos em meio a tantos sentimentos e pensamentos capazes de me levar a lembrar momentos ou citar trechos de musicas como: "Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro, o pensamento lá em você, eu sem você não vivo." ou "Ela une todas as coisas, como eu poderia explicar.". Momentos tais, em que chorei enquanto escrevia, momentos em que "qualquer garoto esperto" daria uma resposta que já é um clichê. Enfim, é fato que penso em você a todo momento, e tudo o que eu queria, era falar contigo todos os dias antes de você dormir, hoje não foi diferente, porém não foi completo. Num dia frio, eu consegui ouvir tua voz, essa voz tão suave que entra pelos ouvidos e fica gravada na memoria e no coração. Infelizmente, o celular descarrega e não pude te desejar que tivesse uma boa noite, que dormisse bem e que sonhasse comigo.
Mas se for da vontade de Deus, existirá muitos dias de nossas vidas em que poderei desejar essas coisas a você, não por celular e sim do seu lado.
Já que a distancia me impede te tocar fisicamente, escrevo sabendo que ao menos dessa forma é possivel me sentir.
Boa noite amor, dorme bem, sonha comigo, te amo "Menina de Deus e Minha Menina".
                                                       Por: Giórgio Bonifácio


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Tempo


Já tive o meu tempo de pensar, o meu tempo de fazer sem nem me preocupar.
Tempo de não me arrepender nunca e nem de olhar para trás com cara de quem queria voltar.
Tempo de apanhar do amor, que em sua maioria foi nocaute.
Tempo de esperar com um olhar de esperança, que brilha e ilumina o tempo esperado.
Tempo de ficar calado, mesmo que meu sorriso entregue a ti tudo o que penso quando te vejo.
Tempo de me sentir diferente no meio de tanta igualdade de falsas verdades.
Tempo de subir na colina, olhar para frente e enxergar que diante dos meus olhos tem um mundão pequeno e contraditório.
Tempo... o mesmo que te trouxe, que demorou, mas trouxe.
O tempo não para, assim me fez entender...
Que todo o tempo que tive não é capaz de suprir a vontade que tenho de estar ao menos um tempo com você.
Por: Giórgio Bonifácio



segunda-feira, 11 de junho de 2012

É a dor

É que a dor, quando é insuportável, foge como lágrima por intermédio dos olhos. É dor de saudade, que abate e não cabe nesse coração que bate em um debate diário de lembranças riscadas em papel velho. É dor, que por não ter mais o sorriso-guardião-mentiroso em seu rosto, não consegue se esconder em nenhum outro lugar que não seja os olhos. É dor de desamor ou amor demais. É dor de estar sozinho, de se sentir até mesmo sem fôlego e querer respirar o perfume da bela-flor e não tê-la em meu jardim todos os dias. É dor transformada em gotas pequenas que riscam minha camisa e nem chegam a tocar o chão. É dor e nada mais que ela: e se a saudade tivesse sobrenome esse seria “dor”. É dor do que se dizem chamar “amor” e que sente falta do que o alimenta. É dor por me parecer forte e mesmo assim chorar, feito criança machucada. 
Quando a noite chega e dormir sozinho não me parece tão melhor quanto ficar acordado e contar cada lágrima rolada no travesseiro até que o sono pese mais que minha própria solidão. É dor por saber que o relógio não conta até sessenta como eu quando contava brincando de pique esconde. É dor por saber contar melhor que à vinte anos atrás e ter a certeza de que hoje é noite-de-segunda-feira e o calendário pendurado na parede, que não me deixa esquecer, me disse que até sábado o travesseiro pode virar um pequeno lago. E a dor, seja ela da saudade ou coisa qualquer, parece ter uma sede-de-lágrimas insaciável e a todo instante me pede ao menos uma gota que seja.
                                                           Por: Giórgio Bonifácio



sábado, 9 de junho de 2012

Consequencia

Não me importa os meios e nem tão pouco os fins, a verdade é que as conseqüências virão; só não sei se boas ou ruins.
Tudo que se é feito de maneira impensada acaba nos trazendo o doce sabor amargo do possível arrependimento. Possível, pois eu mesmo só arrependo de não ter feito nada para que a possibilidade de me arrepender fosse nula. E acredite, nada que se é feito fica sem um efeito. Efeito como o de uma rosa, que nasce linda, perfeita, pode-se dizer assim. Com o passar dos dias ela se abre como um coração a receber um novo amor. Mais dias se passam e o perfume já não é o mesmo e o efeito já vem se mostrando feito. A primeira pétala caída ao chão mostra o possível arrependimento por ter aceitado vir ao mundo; Encantar olhares com sua beleza, enlouquecer amantes do seu perfume e o ultimo efeito surge, e esse é o maior de todos os efeitos ou até mesmo conseqüência; O fim...
O fim é lamentável, doloroso e sem volta, assim como a morte de um amor que não teve o que precisava para se manter vivo, quente, aceso. E o preço é impagável, inigualável. O preço é a saudade que aqui comparo como os espinhos da rosa citada; Bela e perfumada, seu brilho que me tomava os olhos. E hoje me machuca, arranha com toda a sua conseqüência o que eu chamo de coração apaixonado. 

Por: Giórgio Bonifácio