sábado, 19 de novembro de 2011

Pão do café da mañhã.

O amor não tem idade, cara bonita nem feia, ele é simplesmente amor e nada mais. Não pede provas e nem quer ser provado, ele quer mesmo é ser amor. Amor daqueles que ama sem olhar para trás, sem se perguntar por dias de amanhã e sem querer saber do passado que machucou: porque o amor é só amor e ama ser amado de verdade. O amor não fala aos surdos e nem se mostra aos cegos: ele só os toca e deixa que o sintam. Não culpe o amor por ter deixado marcas ou cicatrizes do passado, ele não tem culpa dos erros cometidos por quem ama só por amar. O amor é culpado por todo o brilho em olhares apaixonados, sorrisos infinitos e em abraços totalmente apertados como uma boa kitnet. E no mais, ele só quer ser amor e te alimentar como pão do café da manhã: Assim como sou alimentado pelo amor que tenho e que alimento todos os dias.
Por: Diih Lohan


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Linhas, Palavras e Gestos.

E eu fico aqui, pensando, tentando de alguma maneira, meio que te desenhar entre linhas e palavras. Buscando lembranças no seu perfume que ainda está no meu travesseiro.
Que, por hora, mata minha saudade, mas alimenta minha vontade de te ter aqui de novo. E se nem dormir eu consigo, para que ao menos em sonho eu te encontrasse. E eu que nunca fui a favor de sonhos, sempre acreditei ser menos doloroso sofrer com a falta do que te ter em pensamentos e de olhos fechados. E esses olhos, meus olhos, que esperam a ajuda do vento para que as lagrimas que tentam embaçá-los, sequem e eu consiga terminar, mesmo que com poucas linhas e palavras, a carta.
Por: Pedro Henrique



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Entre meus erros.

Enquanto o vento fazia musica entre as folhas das arvores, eu me colocava de braços apoiados a um caderno velho sobre a mesa, quase sem folhas; eu não podia errar.
Erros são inevitáveis, e corrigi-los é algo que não sei fazer; faço traços sob os mesmos, mas os deixo legíveis; esquecer os erros cometidos é o melhor caminho para cometê-los novamente, e eu quero não mais errar, não mais.
Mas se por um acaso houver de acontecer novamente, que não seja o mesmo erro...
Errei, fiz um traço sob o mesmo, e agora estou escrevendo; outra frase, outro texto, outra historia. E nessa, espero acertar; acertar não em palavras ou coisas do tipo. Acertar a ponto de fazer nascer o seu sorriso como antes; daquele jeito todo seu.
Seu abraço, quero-o novamente, como se fosse asas de um anjo envolto a meu corpo. Acertar, da mesma forma que meu olhar acerta ao encontrar o seu. Acertar e seguir no caminho que por muitos é dito como ‘ caminho errado’, e é nessa hora que faço outro risco e escrevo ‘ caminho certo ‘ e assim quero continuar escrevendo.
Por: Diih Lohan


terça-feira, 8 de novembro de 2011

NÃO!

Não sou o tipo de pessoa que baseia-se nos outros, que sente o que os outros sentem, que vive o que os outros vivem e que fala o que os outros falam. Irrelevando, claro, o fato de que sou uma pessoa de costumes comuns, de cultura ocidental, que porém, tenta da melhor maneira possível, encontrar aquilo que completa sem necessidade de ser manipulado por alguém. Digo isso porque observo pessoas há muito, e percebo que elas querem (subconscientemente ou não) ser iguais. Disputas por topo de depoimento em sites de relacionamentos, palavras precoces e ileais, ouvem a música que todos ouvem (ou tentam ouvir as que ninguém ouve, mesmo não curtindo), vestem-se bem com o intuito de causar inveja e não se importam com muitas coisas além disso. Não estou comentando sobre a geração de 5 a 14 anos (geração Colorida) estou falando de pessoas da minha faixa etária, pessoas que eu já convivi e não mais me interessam.  Nada contra, só não vivo disso, vivo de coisas concretas. Até o meu amor, dito na gramática como abstrato, é concreto.
Por: Diih Lohan


domingo, 6 de novembro de 2011

Um dia e nada mais.

As horas que ainda tenho sem você estão me deixando mais louco a cada tic-tac do relógio. E agora, tudo o que eu queria era um dia e nada mais. Um dia em que ao acordar eu brindo com um beijo de noite-bem-dormida com você. Um dia em que eu não preciso procurar fora do quarto qualquer coisa que me faça sorrir: ao seu lado meu sorriso parece uma lagarta num casulo e nasce feito borboleta, assim, do nada. Nada mais que um dia em que eu possa dizer que te amo antes do chá ficar pronto. Um dia em que eu possa sentir seu abraço matinal como se fosse o da primeira vez que dormirmos juntos. Um dia que me falta no dia-a-dia de segunda a sexta quando tudo está aqui: as lembranças, nosso cheiro, seus bilhetinhos, mas me falta aquele carinho que chega sem jeito e me deixa quieto como criança-carente. O que quero tem o nome de um dia e nada mais, como aquele primeiro, ou talvez como o segundo, ou o terceiro que te encontrei por ai. É um dia e nada mais que te peço, com sol ou com chuva, não me importa o mundo lá fora. O que quero me remete a saudade e me deixa a ponto de pensar na esperança que nunca tive até que me vi olhando para o relógio, de segundo em segundo, esperando que já se fossem mais de meio-dia. E as horas vão passando devagar como se o relógio estivesse sem força. O que eu quero é um dia e nada mais, e que o relógio não se recupere dessa doença que o deixa sem força nesse dia ou que o frio congele o tempo lá fora.
Por: Diih Lohan


sábado, 5 de novembro de 2011

Pedido ao vento de depois das onze da noite.

Já se passa das dez da noite e eu tentando tirar da cabeça o que, por vez, não me deixa fechar os olhos e abraçar o sono. Sinto minha pele fria por fora, mas por dentro, estou tão quente quanto à lava de um vulcão. Erupção de lembranças: talvez seja esse o nome do que sinto. E em meio ao sono que me falta e uma noite solitária, o que me resta é sussurrar em um papel o que não me deixa dormir. Minha respiração fraca, meus pés inquietos e uma inspiração sem teoria levam meu olhar a um canto do quarto onde fios de cabelo, roupas jogadas, livros empilhados e um retrato antigo me remetem ao passado. Passado-ontem, passado-antes-de-ontem e passado bem mais antigo como o retrato. E eu, por pensar em tempo passado ou se não tivesse passado o tempo, pensei em dias em que a solidão só existiu pro resto do mundo lá fora e aqui dentro do nosso quarto nos fizemos solitários ao resto do mundo. E já se vai chegando às onze horas e eu ainda aqui cuspindo palavra por palavra nesse pedaço de papel e tentando encontrar o sono no meio do cobertor que tem a cor do seu batom vermelho. E entre a noite que se arrasta, o frio da minha pele e a saudade que sinto do mês passado, encontro num canto escondido da cama o seu cheiro de menina-dormida. E eu, sem muito esperar, me deito ali perto do canto e o sono parece me abraçar com o seu perfume que vem com o vento e me faz fechar os olhos. E assim, de olhos fechados, peço ao vento que te leve um abraço e um sussurro ao seu ouvido dizendo o que sempre te digo antes de dormir: “te amo!”
Por: Diih Lohan


É, estou amando.

Estou amando uma menina de cabelos pretos e olhos castanhos: como se fosse pão-de-mel recém-saido-do-forno. E eu estou tão cheio de saudades, tão cheio de vontade. Já não tiro mais os olhos desse teto que se estende em cima da minha cabeça, que por sinal, está bem mais longe que o próprio teto. E esse amor que tenho, que é ingênuo, amor que faz brilhar a menina dos seus olhos. Ah, se ela soubesse, se ela ao menos me olhasse e dissesse que me vê com os mesmos olhos. Ah, se ela aceitasse essa carta que escrevo como quem quer dizer, como quem quer recitar, um poema com frases simples e sem muitos arrodeios. E é tão notável esse meu amor que já me faço cego ao atravessar a avenida sem olhar para os lados e sem me preocupar com os carros. Isso me parece pressa de chegar ao outro lado, pressa de encontrar a menina de cabelos pretos e olhos castanhos: assim como o caramelo do sorvete que ofereço sempre como se fosse buquê-de-flor, e ela sorri, feito quem ganha tão valioso agrado. Sorri e me deixa mais amante ainda, por amar esse sorriso que me devora e me chama para atacar essa boca ainda melada de caramelo e sorvete. E isso é amor, junto com caramelo, sorvete e pão-de-mel. Isso tudo é amor. Isso que me faz dormir e acordar sorrindo feito criança que tem um sonho tão doce quanto seu beijo. É, estou amando uma menina de cabelos pretos e olhos castanhos.

Por: Diih Lohan


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Dramaturgo

Pode parecer drama. Ou talvez seja um grande drama. De pequeno mesmo só esse meu coração que se aperta a ponto de quase sumir do meu sentido. E sem sentido eu é quem estou. É que acontece assim quando o amor nos foge, nos deixa. E pareço-me com um qualquer abandonado dramático que chora cada lagrima como se fosse uma pequena parte de lembrança sobrada: e talvez seja. E chorar não é, de fato, o que me faz sofrer. Chorar é apenas uma maneira de colocar tudo para fora na esperança de que, com o sol do dia lá fora, elas sequem e leve consigo tudo isso que traça essa linha infinita em meu rosto antes de tocar ao chão. E que deixe apenas me escapar um sorriso, isso eu peço. Deixe-me apenas sorrir e não me importa se irei sorrir sozinho da minha própria piada: Deixe-me sorrir. E disso eu esperava que as lembranças fossem feitas: sorrisos. Ou senão, que elas me fizessem sorrir ao invés de me deixar assim, como se estivesse sentindo a maior fome do mundo. E eu só sinto vontade de me alimentar do que me falta agora: Amor. E não é drama. Não me veja como um dramático cabisbaixo. Ou até me veja. Mas não pense que por estar assim, de cabeça baixa, meus olhos não possam ver, não possam ir longe e enxergar, imagens de um cinema, como se fosse o filme que rodava e deixava a sala à meia-luz, e quando tudo era apenas sorriso uma pequena caixa, em tom de cinza claro, foi aberta e dela a felicidade surgiu em forma de elo, argola, aliança, pedido... Meus olhos ainda enxergam tão bem quanto a meia-luz dessa sala. E hoje tudo que tenho é um grande drama. Hoje sou o tão não-querido dramaturgo em pele, alma e coração partido. Hoje sou o tão amor que não espera. Amor que esta tão longe de ti que foge ao alcance de seus olhos. Amor que grita e diz: Não me queira tão longe dos teus braços quanto estou dos seus olhos. E esse amor não é drama, dramático: é amor verdadeiro. Amor que chora, que quebra. Esse é amor que morre.
Por: Diih Lohan